Fotografia documental de família
Cotia-SP
Tia Ju e Larinha
A Lara é como se fosse minha sobrinha. Ela é Larinha, e eu, tia Ju.
Filha dos meus amigos Graça e Reginaldo, ela cresceu junto com os meus filhos e faz parte daquela família que a gente escolhe na vida.
Mesmo antes de ser fotógrafa, eu já vinha registrando o crescimento dela.
Na verdade, sua festa de 1 aninho, em 2014, foi um momento divisor de águas pra jornalista que já buscava outros horizontes.
O salão de festas estava lindo, tudo arrumado com tanto carinho. Um dos tios faria o registro oficial da festa com sua câmera fotográfica.
E eu estava ali como amiga e convidada, mas comecei a fazer várias fotos com meu celular. Naquela época as câmeras de celular eram péssimas, mas eu me empolguei e fui fazendo as fotos.
No dia seguinte meu amigo me disse: "Você salvou o primeiro ano da Lara. As fotos do meu cunhado não ficaram boas..."
E então a ideia de ser fotógrafa profissional foi se desenhando na minha cabeça.
Nos últimos anos, com as mudanças de cidade (todos morávamos em São Paulo e agora eu estou em Sorocaba e eles foram para Cotia) e a pandemia, os encontros têm sido mais raros.
Mas esse momento de medo, angústia e insegurança me trouxe algumas reflexões e a principal delas é que eu, como fotógrafa, não posso perder uma boa oportunidade de dar às pessoas suas memórias mais afetivas.
A Lara tem 7 anos agora. É uma idade muito bonita e simbólica.
É o fim da primeira infância.
É a decolagem de um foguete.
É quando a gente começa a perceber com mais riqueza de detalhes a personalidade, as opiniões, a leitura de mundo da criança.
E agora ela está começando sua história em um novo lar. Está curtindo a construção dessa nova vida.
Era preciso contar essa história. Então, na última vez em que estivemos juntas fizemos estas fotos.
Brincamos, nos divertimos fazendo umas poses, rimos bastante das piadas sem graça do papai.
Foi lindo e emocionante.
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